Três sinais de que seu motor pede revisão

Quando o conjunto motor–acionamento começa a dar sinais de desgaste, o processo inteiro sente. Antes de qualquer intervenção, vale observar o papel dos inversores de frequência na partida, no controle e na eficiência e, sobretudo, verificar a saúde do motor. Além disso, os registros do inversor ajudam a enxergar mudanças de comportamento ao longo do tempo; assim, pequenos desvios não passam despercebidos.

A seguir, veja três sinais fáceis de acompanhar e como agir em cada caso.

1) Temperatura acima do esperado

Por que é alerta: se a temperatura sobe sem mudança de carga, há desequilíbrio. Em geral, isso ocorre por ventilação obstruída, desalinhamento do acoplamento, rolamentos no fim de vida ou subdimensionamento do conjunto.

O que verificar primeiro:

1. Antes de mais nada, inspecione entradas e saídas de ar: limpe grelhas e retire poeira acumulada.
2. Em seguida, confira se há espaço livre para ventilação ao redor do motor.
3. Depois, avalie rolamentos e alinhamento (vibração e ruído costumam acompanhar o aquecimento).
4. Por fim, revise a proteção elétrica (disjuntor-motor e ligações), evitando sobrecarga prolongada.

Dica de controle: registre a temperatura da carcaça e do ambiente (com data, carga e condições). Assim, você compara tendências e decide com segurança se basta corrigir a instalação ou se já vale planejar a troca por um motor de maior rendimento.

2) Vibração e ruídos anormais

Por que é alerta: ressonância, folga mecânica, base irregular (pé manco), desalinhamento e rolamentos em desgaste elevam a vibração e trazem ruído metálico. Isso acelera a fadiga de componentes e aumenta o consumo.

O que verificar primeiro:

1. Fixações: aperte parafusos da base, tampas e suportes; elimine folgas visíveis.
2. Base e calços: nivele o conjunto e corrija pé manco.
3. Alinhamento e acoplamento: confira alinhamento a frio e após aquecimento; observe sinais de desgaste.
4. Rolamentos: ouça ruídos, verifique folga e lubrificação.
5. Rotação e sentido: faça um teste rápido de rotação para confirmar estabilidade.

Como registrar: anote data/hora, se estava com ou sem carga e uma observação curta (ex.: “ruído metálico leve no lado do acoplamento”).

Compare depois: se o ruído/vibração piorar, retorne aos itens 2 e 3 (base e alinhamento) e avalie rolamentos.

Dica: se o problema começou após instalar inversor de frequência, revise parâmetros básicos (rampas e limite de corrente) e verifique se a operação prolongada em baixa rotação não exige ventilação forçada.

3) Corrente fora da faixa

Por que é alerta: corrente alta, oscilante ou desequilibrada entre fases aponta problema elétrico ou mecânico: ligação inadequada, queda de tensão, carga acima do previsto ou isolamento comprometido.

O que verificar primeiro:

1. Antes de tudo, confirme tensão e tipo de ligação conforme a placa (estrela/triângulo).
2. Em seguida, revise o ajuste do disjuntor-motor (corrente nominal do motor).
3. Depois, avalie a carga real: houve travamento, atrito extra ou produto acumulado?
4. Por fim, olhe o histórico de partidas: partidas muito frequentes elevam corrente e temperatura.
5. Se houver inversor de frequência, revise rampas, limites de corrente e proteção térmica; corrija o que estiver fora do previsto.

Como registrar: anote data/hora, condição (com ou sem carga) e uma observação curta (ex.: “corrente mais alta na fase R após partida”).

Compare depois: se o desvio persistir, retorne aos itens 1 e 2 (ligação e proteção) e inspecione a carga e o isolamento.

Checklist rápido de comissionamento

1. Base e fixação: base nivelada, parafusos no torque, sem folgas.
2. Alinhamento: acoplamento alinhado a frio e conferido após aquecimento.
3. Ligações elétricas: ligação conforme placa; aperto de bornes e terminais limpos.
4. Proteção: disjuntor-motor dimensionado e ajustado; coordenação com contator/relé.
5. Sentido e rotação: teste rápido sem carga para confirmar rotação correta.
6. Ventilação e ambiente: entradas/saídas livres; IP adequado ao local.
7. Registro inicial: anote corrente, temperatura e vibração como linha de partida (para comparar no futuro).

Quando considerar a troca por um motor ABB?

Se os sinais se repetem mesmo após correções, a troca pode reduzir paradas e consumo. Motores ABB oferecem:

• Eficiência e robustez: classes de rendimento elevadas e projeto para ambientes exigentes.

• Confiabilidade no conjunto: integração estável com inversores de frequência e softstarters, além de proteção adequada com disjuntor-motor.

• Suporte e materiais oficiais: manuais, folhetos e notas técnicas disponíveis para seleção, instalação e manutenção.

Em muitas aplicações, a atualização do motor acompanhada de revisão do acionamento (parametrização do inversor ou uso de softstarter quando for o caso) entrega ganhos imediatos de estabilidade e energia.

Conclusão

Temperatura, vibração e corrente contam a história do seu motor. Tratar cedo evita falhas, reduz paradas e melhora o custo operacional. Se os sinais já apareceram, vale uma avaliação técnica completa e, quando fizer sentido, a substituição por motor ABB com o conjunto de proteção e acionamento correto.

Quer uma avaliação do seu equipamento? Entre em contato com a Tesla Soluções e solicite a análise do conjunto motor–acionamento para a sua aplicação.